terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Rebelião na penitenciária mista de Parnaíba. Uma tragédia sem precedentes

Por volta das 18h desta terça-feira (15), detentos iniciaram um tumulto, em uma das alas da Penitenciária Mista de Parnaíba. O que parecia ser uma manifestação de pequenas proporções, transformou-se em uma rebelião de grandes proporções registrada nos últimos anos.

Diversas alas foram destruídas, colchões incendiados, presos foram espancados, alguns deles em estado grave devido a inalação de fumaça tóxica, extraoficialmente fala-se inclusive em presos mortos, principalmente na ala-2. A direção do presídio negou que houvesse  mortos ou feridos, mas a presença de 06 ambulâncias, inclusive com o apoio do SAMU da cidade de Luís Correia, deixava os familiares dos detentos na dúvida sobre a veracidade das informações. 

Segundo informações, o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde – HEDA, já estaria preparado para receber os feridos mais graves, assim como o Instituto Médico Legal, para a remoção de possíveis mortos.
a polícia chegou a interditar toda a calçada da penitenciária para fazer atendimento aos feridos, mais por causa do tumulto criado pelos familiares dos detentos isso não chegou a acontecer.

Homens do corpo de bombeiros liderados pelo comandante Rivelino, trabalhavam para conter o incêndio, por diversas vezes os veículos faziam um revezamento, enquanto um enchia o tanque em um hidrômetro próximo, o outro fornecia água para o combate no interior das alas. O incêndio só foi considerado controlado, por volta das 2h00, a partir daí, foi iniciado o trabalho de rescaldo.

Major Adriano Lucena, Comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, informou a imprensa que não foram usados armamentos letais para a contenção dos rebelados, somente balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogênio. A cada som de explosão ou dos disparos, familiares entravam em desespero, muitas mães de detentos choravam pedindo para que parassem. Muitas não acreditavam na informação de que não há mortos ou feridos.


Nenhum preso, ou grupo interno, se manifestou assumindo a frente para fazer reivindicações ou assumir a autoria do ato. Segundo o comandante do 2ºBPM, agora inicia-se um trabalho de contenção dos detentos, rescaldo da estrutura do prédio, contagem para averiguar a possibilidade de fugas, e só após será permitida a entrada de equipes médicas (caso haja necessidade).
Um grande cordão de isolamento foi montado em frente a instituição prisional e, mesmo anunciado o fim da rebelião, todas as 06 unidades do SAMU, permanecem com as equipes preparadas para remoção de feridos.

à 01h42 - Detendo ferido à bala de borracha dá entrada no pronto-socorro do HEDA.
Ferido que deu entrada no HEDA. Aritana da Silva Pires, 27 anos
à 01h20 - A Rebelião não foi controlada, homens do BOPE de Teresina, chegaram de avião e estão dentro do presídio. Nesse momento, 3 alas estão em chamas.


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